Em declarações à RTL, a ministra da Saúde adiantou também que o governo tenciona criar uma reserva de testes rápidos assim que um dispositivo fiável esteja disponível no mercado.
Apesar dos prazos serem otimistas, a vacina não chegará antes da época da grise sazonal o que poderá agravar a gestão da pandemia. Mesmo perante essa eventualidade, Paulette Lenert, descarta a possibilidade de um novo confinamento, assegurando que a situação atualmente está mais controlada e que as pessoas sabem como comportar-se de forma a evitarem a propagação do vírus.
A ministra justifica esta convicção com o facto da maioria dos novos casos hoje em dia serem importados de fora, ao contrário do que acontecia há alguns meses em que o contágio resultava sobretudo das reuniões familiares.
Da totalidade de infetados, durante os primeiros seis meses da pandemia (de março a agosto), 73% (8.325 pessoas) estavam dados como curados, tendo 124 sucumbido à doença.
Vacinação por etapas
Mesmo num cenário otimista, que prevê a chegada de uma vacina até ao final do ano, a vacinação em larga escala poderá levar vários meses. Embora não tenha, como fizeram outros países, negociado a encomenda de nenhuma das possíveis vacinas em fase terminal de testes, o Luxemburgo tem participado nas negociações europeias com vista assegurar a vacinação de toda a população. Antes disso, a própria União Europeia procederá a uma repartição das vacinas em função da população.
“Em princípio toda a população deverá ter acesso à vacina, para se proteger a si e aos outros, em especial, os mais vulneráveis”, explicou a ministra da Saúde luxemburguesa. A vacinação deverá realizar-se de forma faseada com base numa “estratégia que define os grupos que são prioritários” e que deverão permitir às pessoas mais expostas e aos grupos de maior risco serem vacinadas primeiro.