Ainda em plena pandemia, um grupo de empreendedores, que inclui algumas das principais empresas portuguesas no Luxemburgo, decidiu unir forças e criar um Clube de Negócios com o objetivo de representar e defender os seus interesses.
Escala Business Club foi o nome escolhido, em alusão a esta nova etapa, uma espécie de escala no trajeto ascendente do empreendedorismo português no Luxemburgo, cuja presença tem aumentado significativamente nas últimas décadas.
De um punhado de empresas nos setores da restauração e da construção, no início dos anos 70, a presença portuguesa tem vindo a alastrar a todas as áreas de negócio. Uma diversificação que começou com a segunda geração e que está a ganhar um novo ímpeto com a chegada de jovens empresários de Portugal, em áreas como a tecnologia, a saúde, o desporto, a cultura, etc.
Estima-se que, atualmente, cerca de 20% das 30 mil empresas sediadas no Luxemburgo sejam de origem portuguesa. Um número que reflete a capacidade empreendedora e a ambição de uma comunidade que tem vindo a conquistar a confiança dos consumidores e o reconhecimento dos governantes, mas que permanecia isolada e sem grande peso.
“Uma coisa é uma empresa isolada a bater à porta do Ministério da Economia para tentar resolver um problema, outra coisa é um conjunto importante de empresas, distribuídas por vários setores e com milhares de empregados a empurrar na mesma direção”, sublinhou Michel Bastos, atualmente à frente do conselho de administração interino do Escala Business Club.
Uma direção que inclui Portugal, através das trocas bilaterais entre os dois países, e que serve os interesses do Governo luxemburguês, que vê com bons olhos uma colaboração mais estreita entre empresas dos dois países, em especial nos setores considerados prioritários no seu plano de diversificação económica.
Seja qual for a perspetiva, as vantagens são inegáveis, desde as portas que se abrem, aos contactos que se estabelecem, aos negócios que se criam.