“Nunca me passou pela cabeça ter uma atividade política. Não é como se vê na televisão, exige muita dedicação, muito sacrifício. Por outro lado, se fosse fácil não era para mim, sou uma pessoa que gosta de desafios”, explica.
Residente da cidade mineira já há 22 anos, Paulo Aguiar é uma das personalidades políticas mais conhecidas da população, o que faz dele um sério candidato ao lugar de burgomestre. Mas para isso era importante que houvesse mais portugueses a votar. “Estamos num país onde temos a oportunidade de participar na eleição dos governantes locais e de escolher os programas eleitorais com os quais nos identificamos e temos de aproveitar essa oportunidade, embora, na minha opinião, os eleitores acabem por votar no candidato”, explica.
Para o candidato português, “em alturas de crise como esta, quando toca na carteira, as pessoas esperam respostas da parte dos políticos”. Respostas que nem sempre são do agrado de todos. “Dois meses após ser nomeado vereador começou a pandemia e agora que estava a ficar controlada veio a inflação. Os aumentos na alimentação, nos créditos imobiliários, na energia, vão provocar dificuldades enormes a muita gente. Temos discutido a nível comunal formas de poupar para poder ajudar os mais necessitados, sem esquecer os outros”, sublinhou.
Apesar do contexto adverso, Paulo Aguiar faz um balanço bastante positivo dos cerca de três anos na Comuna. “O meu sonho era contribuir para que as pessoas em Differdange se sintam em casa. As pessoas trabalham aqui, têm os seus filhos na escola. Porquê esperar pelo mês de agosto para viver. Seja que nacionalidade for, e em que língua for, é possível disfrutar do tempo que aqui vivemos”.
Um sonho que poderá concretizar-se, caso seja eleito nas eleições de 11 de junho.