Veio para o Luxemburgo ainda criança e foi através do folclore que chegou à política. Tudo começou “através do associativismo que é uma escola de intervenção política”, descreve. Uma forma de “estar ao serviço da comunidade”. Desde pequeno que esteve ligado ao Grupo Folclórico Províncias de Portugal de Esch-sur-Alzette que o seu pai tinha ajudado a criar. Primeiro como dançarino, mais tarde como dirigente.
O que o motiva? “O facto de poder contribuir e fazer avançar as coisas”, responde sem hesitar. Hoje funciona como ponto de apoio para muitas pessoas. “Quando as coisas correm bem fico satisfeito pelo bem que pude fazer”, descreve. Define-se como idealista. “Não sou apologista das ideologias, mas da resolução dos problemas e desde que o problema esteja resolvido não importa a cor”, sublinha.
A ligação à política começa em 1995 quando é abordado por várias pessoas do Partido Cristão-Social (CSV). Estreou-se como candidato em 1999, quando foi “dada a possibilidade a não luxemburgueses de se candidatarem” ao poder autárquico. Foi um dos primeiros candidatos portugueses na altura. Concorreu em todas as eleições e ficou sempre à beira de ser eleito até que em 2017 dá-se a viragem. “As pessoas já estavam cansadas de 20 anos de poder à esquerda, porque um poder instalado esquece-se do que são as suas obrigações e a cidade acabou por estagnar no tempo”, explica. É através de uma coligação com o partido os Verdes e o Partido Democrático que passam a gerir a segunda cidade do país. É nesse ano que Bruno Cavaleiro é também eleito conselheiro municipal.
Com mais de 124 nacionalidades, a cidade de Esch conta com 30% de população portuguesa e é uma autarquia cosmopolita e multicultural. O que significa que “tem que haver uma articulação forte no desenvolvimento da integração das nossas comunidades”. Para que todos possamos “Viver em Conjunto”.