O que é a Zero Latency?
A Zero Latency é uma franchise australiana criada em 2015 também por quatro jovens, numa garagem, e que conta atualmente com mais de 70 espaços espalhados pelo mundo. O mais perto daqui é Bruxelas, no Luxemburgo não existe nada deste género.
Em que consiste concretamente?
São experiências de realidade virtual, que decorrem numa sala de 200m2 preparada para jogos em movimento. Os participantes colocam os óculos de realidade virtual acompanhados de microfones e uma mochila com um computador e são transportados para o mundo virtual. Uma das particularidades desta experiência é que os participantes estão em movimento, ao contrário dos jogos de realidade virtual mais tradicionais em que os participantes ficam sentados numa cadeira. Aqui as pessoas caminham num espaço virtual. Ao incluir esta componente a imersão torna-se mais real e intensa. É uma experiência que ainda poucas pessoas conhecem.
Os participantes jogam uns contra os outros?
Podem jogar uns contra os outros ou contra o computador. Podem participar até oito pessoas em simultâneo, o que torna a experiência ainda mais divertida. É excelente para jogar em família, entre amigos ou mesmo para eventos de team building nas empresas. Cada sessão tem a duração de uma hora, que inclui o briefing inicial e final. As experiências têm vários níveis e são acompanhadas de classificações. No final do ano os melhores classificados podem ganhar prémios interessantes como uma playstation 5.
Quantas experiências têm atualmente à disposição?
Neste momento temos 8 experiências à escolha. Aconselhamos a quem vem descobrir pela primeira vez este conceito a optar por uma sessão com duas experiências diferentes de 15 minutos cada uma. Uma família com crianças pode, por exemplo, começar por descobrir o mundo dos dragões e em seguida explorar um vertiginoso mundo de aventura, enquanto os mais crescidos podem participar numa perigosa missão espacial e defender-se dos ataques dos robots ou tentar sobreviver num território de zombies.
Como tem sido a reação neste primeiro mês?
Tem sido incrível! As pessoas saem da sala como crianças. Cada pessoa que entra é um cliente ganho. É algo que nunca tinham experimentado.
Qual custa uma sessão?
Uma sessão de 1 hora custa 39,95 por pessoa. Às terças-feiras, estamos a fazer uma ação especial a 29,95 euros. O pagamento é feito através do site no momento da reserva. Também é possível comprar vales para oferecer.
Quais são os objetivos para este primeiro ano?
O nosso objetivo é chegar o mais rapidamente possível aos mil clientes. Mas com um pouco menos já devemos atingir o break-even. Para já o trabalho é assegurado pelos sócios. Começamos com uma equipa duas pessoas a acompanhar o jogo e a dar apoio aos participantes e uma terceira na receção. Também vamos poder contar com o bar de snacks que também vai contribuir para as receitas.
Como é que surgiu a ideia?
Estávamos um pouco fartos de ter de sair do país para poder fazer alguma coisa diferente. Já há alguns anos que estávamos a pensar criar um negócio de realidade virtual, desenvolver um conceito próprio, mas os custos de desenvolvimento eram demasiado elevados para jovens como nós. Foi por essa razão que optamos pelo franchising.
Qual é o vosso background?
Temos perfis muito diferentes. Eu (Daniel Castro) sou mais comercial, o Jorge tem mais jeito para a informática, a Daniela é especialista em finanças e marketing e o Bob ocupa-se da parte jurídica. São competências que se complementam e que são importantes para o sucesso do negócio.
Quais foram os critérios de seleção do franchising?
Aconteceu um pouco por acaso. Fiquei a conhecer o conceito através de um youtuber português que foi testar o espaço a Lisboa. Achei muito interessante e falei com o Jorge que estava a estudar na Coreia há seis meses e perguntei-lhe o que achava do projeto. Ainda durante a pandemia fomos a Madrid experimentar e falar com o gestor do franchising para a Europa e ficamos entusiasmadíssimos. Entretanto a Marta também se juntou à equipa e começamos os três a trabalhar no sentido de avançar com o projeto. O Bob juntou-se mais tarde, numa altura em que começávamos a ficar desanimados com as dificuldades de financiamento.
Foi muito complicado encontrar financiamento?
Eu trabalhava na CFL, o Jorge na Panalpina e a Daniela no Banque do Luxemburgo. Tínhamos bons empregos, mas nenhum de nós tinha montado um negócio antes. Para além de que este projeto implicava deixarmos os nossos empregos. Durante dois anos tentamos obter financiamento junto dos bancos, mas sem sucesso, apesar do apoio da Société Nacional de Crédit et de l’Investissement (SNCI). Contamos também com a extraordinária ajuda da Mónica, da empresa Soffia, na elaboração do projeto, mas acabamos por não conseguir o financiamento por soma ridícula. Somos muito jovens e não é um negócio tradicional. Ninguém quis arriscar.
Qual era o valor do investimento?
O investimento total ronda os 500 mil euros, já com o espaço, de 420m2, completamente equipado e vários lugares de estacionamento em frente à porta. É um bom local, estamos no Listo Shopping Center, em frente ao Topazze de Mersch, muito próximo da saída da autoestrada.
Como é que conseguiram reunir o capital que faltava?
Acabou por ser através de um amigo luxemburguês que acreditou no projeto e mostrou-se interessado em fazer parte da sociedade. Contamos com a ajuda de mais duas empresas de portugueses para constituir a sociedade, a Soffia e a empresa de contabilidade STC, e a 7 de fevereiro inauguramos o espaço.
Quem é o público-alvo?
O público principal são os milenais, mas até a minha mãe adorou jogar. É muito fácil de jogar, mesmo para os mais velhos. No fundo, destina-se a qualquer pessoa que queira ter uma experiência fora do comum. Também encaixa muito bem nas ações de team building das empresas.
Como é que são feitas as reservas?
As pessoas fazem a reserva através do site e é necessário chegar 15 minutos antes de forma a poderem inscrever-se e receber uma breve formação de sensivelmente 10 minutos para explicar as regras de utilização e de segurança.
Perfis dos sócios
Daniel Castro, 26 anos, nasceu no Luxemburgo, diploma técnico de logística.
Jorge Teixeira da Silva, 25 anos, natural de Paredes veio para o Luxemburgo com um ano, diploma técnico de logística.
Daniela Lopes, 29 anos, nasceu no Luxemburgo, Bac+3 em finanças.
Bob Arendt, 25 anos, nasceu no Luxemburgo, Bac literário.
Horários de funcionamento
Estamos abertos de terça a quinta das 15h às 22h. Na segunda-feira é o nosso dia de descanso. Na sexta estamos abertos das 15h às 24h e no sábado das 10h às 24h. No domingo voltamos a abrir às 10h da manhã, mas encerramos mais cedo, às 22h. Tentamos estar a abertos até mais tarde para dar a possibilidade às pessoas de se divertirem, uma vez que a partir das 18h já está praticamente tudo fechado.
Contactos
1-3 Um Mierscherbierg, Mersch
T. 661661737
Daniel.castro@zerolatencyvr.lu
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