Na última década, a eficiência energética tornou-se uma mais valia incontornável, com grande impacto no valor dos imóveis. O passaporte energético tornou-se obrigatório neste como em muitos outros setores e quanto maior for a eficiência mais valorizado é no respetivo mercado.
A nova década deverá, no entanto, ficar marcada por mais um passo importante com vista ao desenvolvimento da economia circular e proteção do meio ambiente: a construção durável. “Nos últimos anos, o que dominava era a eficiência energética, mas agora a durabilidade e as propriedades ecológicas dos materiais utilizados na construção estão a tornar-se cada vez mais importantes, em consequência da luta contra o aquecimento global”, explicou ao Paperjam Martine Schummer, partner da Schroeder et Associés.
Uma tendência impulsionada pelo governo, sob a forma de ajudas financeiras e incentivos fiscais, e que na prática consiste em desenvolver projetos mais flexíveis que possam adaptar-se à evolução da utilização dos imóveis. Uma moradia de dois andares, por exemplo, quando é construída já está preparada para poder ser convertida em apartamentos individuais se for necessário. Uma flexibilidade que se estende aos escritórios e espaços comerciais.
A utilização de materiais mais ecológicos faz parte integrante desta nova conceção da construção. “Na conceção de um projeto temos em conta as propriedades ecológicas e a durabilidade dos diversos materiais”, explica. O objetivo é proteger o ambiente e, ao mesmo tempo, prolongar a esperança de vida dos imóveis, contribuindo ao mesmo tempo para um ambiente mais saudável para os seus ocupantes.