Note-se que, na reunião tripartida em março do ano passado, o Governo e os parceiros sociais – à exceção da central sindical OGBL – decidiram adiar a tranche da indexação então prevista para o mês de julho. Foi uma forma de ‘aliviar’ as empresas face à crise provocada pela escalada dos preços. Para compensar trabalhadores e reformados, o Executivo criou várias ajudas, entre as quais o chamado crédito fiscal de energia.
Cerca de seis meses depois, Governo, sindicatos e patrões voltaram à mesa da tripartida devido à crise inflacionista. Neste encontro, foram decididas novas medidas compensatórias que levaram àquilo a que o Statec chama de “adiamento automático” do ‘index’. Isto é, as medidas foram suficientes para ‘substituir’ novas parcelas da indexação que, de outra forma, teriam sido acionadas.